domingo, 9 de março de 2008

Marina Silva




Analfabeta até os 14 anos, Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima é filha de um seringueiro brasileiro. Ela e dez irmãos nasceram num seringal a 75 quilômetros de Rio Branco, no Acre. Desde pequena que trabalhou na extracção de borracha. Três deles não sobreviveram aos primeiros anos de vida. Os sete restantes perderam a conta de quantas vezes contraíram malária, doença típica da região. Marina foi infectada cinco vezes. Além disso, sofreu de hepatite e leishmaniose, doença que lhe deixou uma marca permanente no nariz. A mãe morreu quando ela tinha 15 e, aos 16, de hepatite. Com a saúde debilitada, Marina largou o seringal para se tratar em Rio Branco aos 17 anos. Nos três anos seguintes foi para a cidade estudar e passou os exames de acesso à universidade. Quando Chico Mendes fundava o Partido dos Trabalhadores ela aderiu à sua candidatura por Acre. O assassinato de Chico Mendes foi para ela uma tragédia. Ela viria a ser vereadora pelo estado de Acre e, em 1994, Senadora. Em 2003, ministra do ambiente do governo de Lula. "Sei que no seringal a oportunidade que tive de estudar e crescer na vida é coisa rara. Dizem que sou uma lutadora, mas penso que, para mim, a luta vem depois do sonho", diz Marina.

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